ABSTRACT
Amelogenesis Imperfecta (AI) is an inherited alteration that affects the enamel of primary and permanent teeth, with no systemic manifestations. Cerebral Palsy (CP) is a congenital condition that affects the central nervous system before the age of two, influencing the performance of activities usually conducted by children with normal development. The objective of this study was to describe the dental treatment performed in a 10-year-old child with both amelogenesis imperfecta and cerebral palsy. The family of the child sought the office of the extension project "Gaining Health: Dental Care for Patients with Disabilities" of the Lutheran University of Brazil, located in the city of Canoas, in search of aesthetic rehabilitation. Upon physical and radiographic examination, the AI diagnosis was confirmed. The use of physical restraint with the consent of the parents was necessary to perform dental care. The treatment began with orientations on oral hygiene and eating habits, in addition to supragingival scaling. Next, it was decided to cover the posterior teeth with glass ionomer and to reconstruct the anterior teeth with resin-based composite, using acetate crowns. In the follow-up of the case, an improvement in oral health and aesthetics of the patient was observed. Moreover, this report demonstrates that the complex dental care of disabled patients can be performed in an outpatient environment.
A Amelogênese Imperfeita (AI) é uma alteração hereditária que afeta o esmalte dentário dos dentes decíduos e permanentes, com ausência de manifestações sistêmicas. A Paralisia Cerebral (PC) é uma alteração congênita que afeta o sistema nervoso central antes dos dois anos de idade, dificultando o desempenho de atividades frequentemente realizadas por crianças com desenvolvimento normal. O objetivo deste estudo foi descrever o tratamento odontológico realizado em criança com 10 anos de idade com Amelogênese Imperfeita e Paralisia Cerebral. A família procurou a clínica do Projeto de Extensão "Conquistando Saúde: Atendimento odontológico à pacientes com deficiência" da Universidade Luterana do Brasil Canoas/RS em busca de reabilitação estética. Ao exame físico e radiográfico confirmou-se o diagnóstico de AI. A utilização de estabilização física com a concordância dos pais foi necessária para a realização do tratamento odontológico. O tratamento iniciou com orientações de higiene bucal, dieta e raspagens supra gengivais. Na sequência, optou-se pelo recobrimento com ionômero de vidro dos dentes posteriores e reconstrução dos anteriores com resina composta utilizando-se coroas de acetato. No acompanhamento do caso observou-se melhora na saúde bucal e estética da paciente. Além disso, este relato demonstra que o atendimento odontológico complexo em pacientes com deficiência pode ser realizado em ambiente ambulatorial.